20190505RegimentoImortalA 3.ª Festa da Vitória e da Paz, organizada pela Associação Iúri Gagarin e a Associação «Chance+», realizou-se com assinalável sucesso a 5 de Maio, em Lisboa, sob o lema «Lembrar para que não mais se repita a tragédia da guerra». A iniciativa, assinalando os 74 anos da vitória sobre o nazi-fascismo, foi também um contributo para um maior entrelaçamento entre comunidades imigrantes e destas com a população portuguesa.
Do que por lá se viveu, deixamos aqui um registo e a possibilidade de ver as reportagens fotográficas de Ana Ferreira e Paulo Oliveira.

 

Primeiro, o desfile do «Regimento Imortal» desceu a Avenida Almirante Reis, até junto da Fonte Luminosa, onde teve lugar um acto solene evocativo do 74.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo.No palco decorreu durante toda a tarde um espectáculo de música, dança e poesia.

 

20190505RegimentoImortal bDesfile do «Regimento Imortal»
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No dia 5 de Maio decorreu em Lisboa, na Avenida Almirante Reis (do Areeiro para a Alameda D. Afonso Henriques) o desfile do «Regimento Imortal», com a participação de certamente um milhar de pessoas, muitas delas trazendo fotografias de familiares que combateram na Grande Guerra Pátria, como era designada na URSS e continua a ser hoje nos países que a constituíam.

Em 2019, como se assinalou no início do desfile, o «Regimento Imortal» ocorre em 110 países; em Portugal, este ano o «Regimento Imortal» também se realizou na Região Autónoma da Madeira.

À chegada do «Regimento Imortal» ao espaço da Festa da Vitória e da Paz, junto à Fonte Luminosa, a banda filarmónica da Academia Sons & Harmonia executou uma muito popular canção dos tempos da guerra, «A Despedida da Slavianka».

 

20190505ActoActo solene evocou 74 anos da Vitória
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No palco da 3.ª Festa da Vitória e da Paz, em Lisboa, junto à Fonte Luminosa, depois da chegada do «Regimento Imortal», realizou-se um acto solene evocativo do 74.º aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo, onde se recordou o horror da guerra mais destruidora que a Europa conheceu e que custou cerca de 40 milhões de vidas no Velho Continente, dos quais cerca de 30 milhões nos países da coligação anti-nazi, particularmente na URSS.

Usaram da palavra: um representante do Conselho Coordenador Regional dos Compatriotas Russos na Europa; uma dirigente da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (que lembrou alguns factos do impacto da 2.ª Grande Guerra em Portugal, sob a ditadura fascista, e também do significado da Vitória para todos os que se batiam pela democracia no nosso País); uma «criança da guerra», a senhora Zinaida Podgornova, nascida em 1938, em Khabarovsk; uma jovem representante da Associação Ruído e da Plataforma pela Paz e o Desarmamento.

Janna Cunceva, da Associação Chance+ e coordenadora do Regimento Imortal em Portugal, e Domingos Mealha, da Associação Iúri Gagárin, apresentaram os oradores e leram um texto-base em russo e em português.

Das diferentes intervenções e do texto-base deste acto solene sobressaíram duas ideias-força: a homenagem aos heróis antifascistas e libertadores, vencedores há 74 anos, e a determinação de continuar a fazer tudo para que não se perca a memória da guerra e não se repita jamais semelhante tragédia.

Foi guardado um minuto de silêncio, para recordar todos os que combateram na frente e morreram nos campos de batalha, todos os que não viveram até ao glorioso Dia da Vitória; os que morreram de fome e de frio naqueles anos de extremas dificuldades; e aqueles que pereceram já depois da guerra, devido aos ferimentos recebidos em combate.

 

20190505BandaConcerto da Academia Sons & Harmonia
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Depois do acto solene, a banda filarmónica da Academia Sons & Harmonia deu um pequeno concerto, muito aplaudido, fazendo a transição para a parte festiva propriamente dita.

À chegada do «Regimento Imortal», esta banda tinha já executado uma muito popular canção dos tempos da guerra, «A Despedida da Slavianka», recebida com emoção por muitos dos participantes.

 

 

20190505ExposicaoExposições fotográficas
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Mereceram particular atenção dos participantes na 3.ª Festa da Vitória e da Paz as exposições de fotografias «O Rosto da Guerra» e «Imortalidade e Força de Leninegrado» (esta dedicada ao 75.º aniversário do fim do cerco da cidade pelas tropas nazis).

De 8 de Setembro de 1941 a 27 de Janeiro de 1944, o cerco de Leninegrado prolongou-se por cerca de 900 dias. Na cidade bloqueada, ficaram 2 milhões e 887 mil civis, incluindo cerca de 400 mil crianças.

 

 

20190505ConvivioTarde de convívio entre comunidades
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Na 3.ª Festa da Vitória e da Paz, assinalando o 74.º aniversário da Vitória da URSS e dos aliados sobre o nazi-fascismo na Europa, um grande número de pessoas, incluindo centenas de crianças, passaram uma agradável tarde neste domingo, que coincidiu com o Dia da Mãe.

O convívio foi animado também com a degustação de gastronomia típica de países representados na festa, bem como com a distribuição das «papas de soldado», um prato que simboliza as dificuldades sofridas em tempo de guerra, mas também a perseverança dos soldados na defesa da sua pátria e da liberdade.

Com a participação de muitos portugueses, entre uma assistência deveras diversificada, tanto pelas suas origens (russos, ucranianos, moldavos e muitas pessoas de famílias com mais que uma nacionalidade), como pelos locais onde vivem em Portugal, esta iniciativa comprovou ser um marcante momento de confraternização e de estímulo a um maior entrelaçamento entre comunidades imigrantes e destas com a população portuguesa.

 

20190505EspectaculoEspectáculo de poesia, música e dança
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Durante quase três horas, passaram pelo palco da 3.ª Festa da Vitória e da Paz dezenas de crianças, com exibições preparadas nas várias associações, algumas das quais mantêm escolas onde se ensina a língua, a história e a cultura dos países de origem.

Marcaram presença artistas e grupos amadores da Associação Mir (Lisboa), da Associação Capela (Portimão), da Associação Espaço Vivo (Coimbra) e do Centro Cultural Moldavo (Cascais); os pares de dançarinos Anastácia Kisseliova & Ricardo Coelho, Julia Skrypnichenko & Alexandre Hilário, Elisabete Sultanova & Ionut Pîrvu, pares de danças de salão, com lugares destacados nas competições da modalidade; Sérgio Gladkyy e Maxim Nedobezkin (acordeão); Alexandr Jerebtsov, Inna Klori, Elena Boblienko, Sabina Jerebtsova, Ilia Jerebtsov; Diana Verti, Oleg Chumakov e muitos outros.

Ali também cantou a mezzosoprano Tanja Šimić, da Croácia, que vive em Lisboa há uns anos.

Foi muito carinhosamente recebido o grupo coral alentejano «Unidos do Lavradio».

No total, foram quase quatro dezenas de actuações de música, poesia e dança.

Irina Mamontova e Vasco Monteiro apresentaram.

 

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