Com a participação de mais de duas centenas de pessoas, realizou-se a 12 de Maio, no salão multiusos da Voz do Operário, em Lisboa, uma sessão que assinalou o 79.º aniversário da Vitória da União Soviética e aliados sobre o nazi-fascismo alemão.
Durante o acto solene, recordou-se que, até à tomada de Berlim pelo Exército Vermelho, passaram 1418 dias e noites, de batalhas com uma dimensão nunca antes vista, de atrocidades que nunca antes se pensou que seres humanos poderiam cometer, mas também de heroísmo gigante de todo o povo soviético.
A vitória custou muito caro à URSS, que perdeu mais de 27 milhões de vidas humanas. Ficaram em ruínas 1710 cidades e vilas, mais de 70 mil aldeias. Foram destruídas cerca de 32 mil empresas industriais.
Foi reafirmado o compromisso de manter viva a memória de todos os que deram a vida por nós, nas várias frentes da guerra, de todos os que na retaguarda forjaram a vitória, de todos os que passaram por esta guerra.
Francisco Lopes, membro dos corpos sociais da URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses), saudou a realização da iniciativa e assinalou o valioso trabalho realizado pela URAP, nos anos mais recentes e neste ano da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, para manter viva a memória colectiva, tanto da ditadura fascista, como da heróica resistência que lhe fez frente.
Levy Baptista, presidente do Conselho Directivo da Associação Iúri Gagárin, sublinhou a importância de conhecer, divulgar e preservar a verdade histórica, para as lutas do presente em defesa da paz e do progresso.
No concerto participaram adultos e crianças, originários da Moldávia, da Rússia, da Ucrânia e de outros países que integraram a URSS. João Queirós e Manuel Pires da Rocha apresentaram várias músicas portuguesas, incluindo da resistência e da revolução.
Estiveram patentes exposições fotográficas, uma dedicada ao cerco de Leninegrado e outra intitulada «Rostos da Guerra». Decorreu um concurso infantil de desenho, que teve por inspiração o modo como cada um vê a paz. Com especial simbolismo, foram partilhadas as «papas do soldado», evocando as dificuldades de alimentação do povo e das tropas durante a Grande Guerra patriótica (1941-1945) na URSS.